
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
CHUVA NO SERTÃO (Rômulo Nunes e Pedro Nunes Filho)

domingo, 11 de dezembro de 2011
LIVRAMENTO MOSTRA SEUS POETAS

Livramento apresenta a herdeira de Rogaciano Leite, Thyelle Dias Leite Maranhão, jovem de dezesseis anos, aparece no senário poético brasileiro como uma promessa da boa poesia.
Me encontro num vão sem firmamento/
prisioneira dos desamores presos/
escolhendo os caroços dos desprezos/
e quarando uma dor no pensamento/
neste breve instante do momento/
eu me acho um ser sem estaturas/
minha alma perdeu as esculturas/
deste corpo que vaga tão perdido/
o silêncio da noite é quem tem sido/
testemunha das minhas amarguras.
Rogo em prece aos santos curadores/
ajoelho-me aos pés do coração/
não querendo prestar-lhe devoção/
mas tentando apagar as minhas dores/
lua a dentro degusto os dissabores/
que o pranto me dá como mistura/
se chorar é o remédio para a cura/
o problema está mais que resolvido/
o silêncio da noite é quem tem sido/
testemunha das minhas amarguras.
No avesso do eu pressinto o calo/
que encarna na carne do meu peito/
e nos traços do rosto já desfeito/
todos veem aquilo que não falo/
ando aos tombos de abalo em abalo/
nessa estrada é o tempo quem fatura/
vai pisando meu corpo à ferraduras/
sem ouvir o clamor do meu gemido/
o silêncio da noite é quem tem sido/
testemunha das minhas amarguras.
De andor em andor segue meu ser/
carregado por mão que o blasfema/
e no corpo uma imagem que se crema/
vai virando um pó a fenecer/
a cor d'ouro da pele a se perder/
escurece o reflexo da figura/
o cabelo perdendo a tintura/
denuncia um cadáver travestido/
o silêncio da noite é quem tem sido/
testemunha das minhas amarguras
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE(Jessé Costa)
Já pensaram se a gente não tivesse
Uma sombra de árvore na rua
E o concreto encobrisse o sol, a lua
E o restante qu’é verde, vivo e cresce?
Já pensaram se o mundo muito aquece
E os bichos tudinho vão e somem
O que peste seria então do homem
Que mulesta qu’a gente ia comer
Como é que a gente ia viver
Se dinheiro e status não se comem?
Do que nós precisamos pra viver?
Precisamos de carros, de dinheiro
Ou ar puro, nascentes e um terreiro
Onde é verde o que a vista percorrer?
E o futuro, como é qu’ele vai ser?
Se ninguém não puxar o “frei-de-mão”
Da selvagem e vil devastação
E da poluição que a gente gera
É cruel, mas, ficando assim, já era
Nossos netos, coitados, pagarão...
É por isso que tão fundamental
Quanto é tomar banho e se limpar
É também o planeta preservar
Afinal ele é nosso quintal.
Inda cabe remendo nessa tal
De camada de ozônio já furada
Cada um pegue a pá e a enxada
E cultive de forma consciente
Nosso meio e tão frágil ambiente
Que sem ele ninguém aqui é nada!
terça-feira, 22 de novembro de 2011
SOBRENOMES DA PARAÍBA (Pedro Nunes Filho)

A Paraíba do Norte
Tem nome de toda sorte:
Ferreira, Ferrão, Furtado,
Correia, Ramos e Ramalho,
Tem Firmino e tem Carvalho,
Tem Batista e tem Barbalho,
Pordeus, Lustosa e Machado.
Tem Cunha e tem Leal,
Tem Viana e tem Vital,
Lima, Pimenta, Bernardo,
Tem Poty e Camarão,
Tem Torres e Torreão,
Almeida, Leite, Catão,
Formiga, Coelho e Dourado.
Tem a família do Ó,
Lucena, Maia e Maior,
Galo, Pinto e Militão,
Silva, Silvino e Pinteiro,
Soares, Granja, Granjeiro,
Vieira, Prata, Monteiro,
Quintans, Guedes e Falcão.
Agra, Diniz, Frutuoso,
Tem Ventura e Venturoso,
Xavier, Chaves e Aquino,
Mendonça, Lopes, Moreira,
Dantas, Honório, Vieira,
Medeiros, Lira, Bandeira,
Palmeira e Peregrino.
Tem Primo, Neto e Sobrinho,
Tem Costa, Couto e Coutinho,
Cartaxo, Freitas, Feitosa,
Holanda, França e Lisboa,
Castilho, Gago, Pessoa,
Tem Vital e Figueiroa,
Borba, Bonfim e Barbosa.
Tavares, Rego, Nogueira,
Lélis, Sátiro e Oliveira,
Borba, Fragoso e Galvão,
Camilo, Braga, Pinheiro,
Gaudêncio, Braz, Limoeiro,
Tem Santa Cruz e Brindeiro,
Toscano, Tigre e Leão.
Tem Valente e tem Mansinho
Tem Montenegro e Mousinho,
Ayres, Almino e Aguiar,
Rouxinol, Preto e Moreno,
Albino, Grande e Pequeno,
Tem Tolentino e Sereno,
Videres, Castro e Vilar.
Tem Meira e tem Antonino,
Tem Benício e Saturnino,
Romeiro, Roma e Romão,
Tem Gato e Maracajá,
Tem Rocha e tem Dinoá,
Branquinho, Mendes e Sá,
Tem Nery e tem Maranhão.
Tem Lima, Limão, Limeira,
Burity, Brito, Figueira,
Tem Tejo e tem Palitó,
Tem Porto e Mineral,
Elvídio, Aleixo, Cabral,
Tem Santos e Amaral,
Tem Correia e Mororó.
Rolim, Bichara e Siqueira,
Pedrosa, Rabelo e Meira,
Matias, Matos, Tomás,
Lucena, Arruda, Camilo,
Gonçalves, Bento, Cirilo,
Barros, Gomes e Murilo,
Torquato, Rangel e Morais.
Tem Salgado e tem Salgueiro,
Tem Massa e tem Trigueiro,
Tem Patriota e Reinaldo,
Tem Cordeiro e Gitirana,
Tem Fonseca e Cajarana,
Alcoforado e Santana,
Melo, Melão e Melado.
Tem Madruga e tem Sobreira,
Tem Batinga e tem Pereira,
Tem Mariz e tem Beltrão,
Caju, Cajá, Cajueiro,
Tem Pitomba e Umbuzeiro,
Tem Cirne e tem Cisneiro,
Tem Panta e Pantaleão.
Nóbrega, Maroja e Luna,
Lafayette e Suassuna,
Tem Catingueira e Patu,
Franco, Fernandes, Firmino,
Bispo, Frade, Vitorino,
Tem Velho, Jovem e Menino,
Sobreira e Japiassu.
Sabiá, Nunes, Farias,
Tem Vale, Coutinho e Dias,
Neves, Queiroz, Rafael,
Andrade, Belo e Bandeira,
Bezerra, Correia, Oliveira,
Duarte, Onofre, Sobreira,
Carneiro, Rique e Noel.
Lira, Magela, Agripino
Duarte, Neiva e Targino,
Tem Jurema e tem Ribeiro,
Tem Vitorino e Leitão,
Tem Freitas, Serra e Serrão,
Limeira, Lins e Gaião,
Tem Marinho e Marinheiro.