quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TABIRA MISSA DO POETA (Rômulo Nunes)










Escalei a Borborema

Sai abrindo caminho.

Quando cheguei a brejinho

Fiquei num grande dilema!

Quis ouvir um bom poema

Senti na mente a porfia,

Mas usei sabedoria

Quando passei pela ponte.

Tabira é dona da fonte

Tem poeta e poesia.


Quando cheguei à tabira,

Que tem medida famosa

Estavam fazendo glosa,

Senti que cravei na mira.

Não deixei cair a pira

Mesmo com toda agonia

Fiz versos com harmonia

Metrificando de monte.

Tabira é dona da fonte

Tem poeta e poesia.


Eu que sai do Carneiro

Para a missa do poeta

Porque era a minha meta

Abraçar Dedé Monteiro.

Já encontrei no terreiro

Esbanjando a simpatia

Levou-me para a portaria

Demarcou meu horizonte.

Tabira é dona da fonte

Tem poeta e poesia.


O grande Dedé Monteiro

Que é filho de Tabira,

Forte como a macambira.

Um poeta verdadeiro.

Devia ser de Monteiro

Ou daquela freguesia

Que Pinto feliz dizia!

De nós tu sois o arconte.

Tabira é dona da fonte

Tem poeta e poesia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário