segunda-feira, 10 de setembro de 2012

LENTES DE (Edna Nunes)

Edna Nunes percorre as matas do Cariri Paraibano e faz fotos nunca vistas nos meios eletrônicos, árvores secas retorcidas que formam imagens de animais.

domingo, 2 de setembro de 2012

O CARIRI (Rômulo Nunes)


















O Cariri se destaca
por sua definição.
não é pelo seu relevo,
por clima ou vegetação.
Ao falar eu me comovo
porque é pelo seu povo
que forma essa região.

Fica vizinho ao sertão
com boa agricultura
destaque na pecuária
também na apicultura
em nosso ver analítico
tem potencial turístico
brilhante é sua cultura.

Esse povo de bravura
tem Revista e tem jornal
livro que conta a historia
de seu ilustre imortal
cidades tem mais de quatro
que são palcos de teatro
com destaque literal.

Por lá se ver um casal
apertado igual um nó
no salão ou na latada
dançando puro forró
uma cabocla bonita
com vestuário de chita
mostrando seu mocotó.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

VELHINHOS (Rômulo Nunes)



















Eu que tenho a mulher que sempre amei
Não preciso ninguém pra completar
Pois comigo já tivestes que lutar
Em momentos difíceis que passei
Caminhando contigo e viverei
Sem perigo, sem medo e sem revés
Retirando alguns males mais cruéis
Que acaso cruzar nosso caminho
Meu amor com você fico velhinho
Te amando da cabeça até os pés

Todo dia acumula em minha mente
Uma carga de amor para te dar
Alimento pra nós dois enamorar
Com projeto de ser eternamente
Tudo isso já vem de antigamente
Aquecidos por nossos chaminés
Percorrendo todas retas e viés
Eu e tu, tu e eu muito pertinho
Meu amor com você fico velhinho
Te amando da cabeça até os pés.

Quando vejo em meu quarto algum clarão
Já começo a sentir amor por ela
Sinto até pulando da titela
Apressado meu pobre coração
Vem surgindo para mim uma emoção
Com a luz que ultrapassa as chaminés
E desperta sentimentos tão fiéis
De amor, de paixão e de carinho
Meu amor com você fico velhinho
Te amando da cabeça até os pés.

terça-feira, 10 de julho de 2012

LIVRAMENTO (Rômulo Nunes)

















Eu te quero tanto bem
que não sei como expressar
mas comece a imaginar
amor para sempre amém
que deixa o cabra refém
ligado em pensamento
é fã da brisa e do vento
que forma o frio brando
por isso de vez em quando
volto pra ti Livramento.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

JARDIM (Rômulo Nunes)










 















Os jardins do Cariri
vistos na zona rural
este bioma exclusivo
que não tem noutro local
gens que seja tão fecundo
em nenhum lugar do mundo
é encontrado outro igual.
É mesmo fenomenal
bonita vegetação
seja relva, seja cacto
com grande variação
umas do tipo rasteira
cipó, espinho e madeira
que fecha sua visão.
É para nós um pulmão
a melhorar nossa vida
a nos dar o ar mais puro
para ajudar nossa lida
mas tem alguém que maltrata
corta, queima, fere, mata
deixa no chão estendida.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

FAUNA (Rômulo Nunes)

















Na fauna de São Gonçalo
Tem pau grosso e tem cipó
Aroeira e baraúna
Imburana e mororó
Tem angico e imbuzeiro
Tem jurema, tem pereiro
Tem árvore que dar um nó.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

FAZENDA BOA VISTA (Pedro Nunes)

A Boa Vista dos Nunes fica no município da Prata, Cariri paraibano. É secular. Pertenceu a Manoel Joaquim Cavalcanti de Albuquerque, depois a sua filha Maria Archanja Cavalcanti de Albuquerque, dona do Engenho Monjope em Igarassu, PE. Em 1873 foi comprada por Antônio Nunes da Rocha, morador do Teixeira, e doada a seu filho Bernardo Nunes da Rocha. Depois passou para as mãos de seu filho, Antônio Nunes de Farias, que a deixou entregue ao filho Cícero Nunes de Farias. Hoje pertence a José Nunes de Farias e sua esposa Gisélia Nunes de Farias. É uma das poucas fazendas que atravessaram cinco gerações sem mudar de mãos. Por lá passaram visitantes ilustres: José Américo de Almeida, Antônio Mariz, Ronaldo Cunha Lima, Cássio Cunha Lima e muitos outros políticos de projeção na Paraíba do Norte. Quem chega àquela fazenda centenária é recebido de braços abertos pela família NUNES para gastar falação sobre fatos corriqueiros da vida diária, ouvir histórias engraçadas, versos de cantadores famosos e discutir política local, estadual, nacional e de outros mundos distantes. conversar em seus alpendres seculares. Os filhos de José e Gisélia, que compõem a sexta geração, sempre voltam à casa paterna, onde a ternura se derrama. Luciano, Luciene, Gusto, Marcel, Fábio e Luciana, todos de sobrenome Nunes de Farias, já que os pais são primos carnais. Naquela fazenda, também faz ponto o escritor e folclorista Zelito Nunes, o poeta Pedro Rômulo e muitos outros primos que gostam de falar sobre as maravilhas do nosso Sertão. Abençoada por Deus, a mesa é sempre farta. Comida caseira, feita pelo Nego André e supervisionada por Dona Gisélia: xerém com leite, cuscus, qualhada, queijo assado, farofa, carne de bode e doces caseiros. Se existir céu é ali mesmo naquela BOA VISTA DOS NUNES. Creiam!

SERRA DE SÃO GONÇALO (Pedro Nunes)

Esta foto mostra uma paisagem típica das caatingas sertanejas. Na lente de Pedro Rômulo, a Serra de São Gonçalo, imensa, majestosa, coberta por um céu infinitamente azul, bordado de nuvens brancas. No desvão imenso que a vista alcança, outras serras sobranceiras mostram-se ao longe. Elas fazem parte do Planalto da Borborema que começa no Rio Grande do Norte, atravessa Paraíba, Pernambuco e chega até a uma pátria bem distante chamada Ceará. Clima ameno, mais para fio. Vegetação serrana: macambiras, caroás e cactos agarram-se às rochas, de onde sugam gotas de água indispensáveis à sobrevivência da flora caducifólica. Juritis, asas-brancas, canários-amarelos, galos-de-campina e sabiás, em permanete orquestração, escondem-se nas copas de velhas baraúnas, que desafiam as estrelas, aroeiras gigantes, umburanas e cumarus seculares. Em toda parte, o cheiro de terra molhada pelo orvalho da madrugada mistura-se ao perfume de fores silvestres de todas as cores e tamanhos. Formigas, formigões e embuás caminham em muitas direções. Abelhas melíficas sem ferrão sugam o néctar das flores. Pebas, tatus, mocós, camaleões, tejus, gatos mirins e açus, pintados, vermelhos, azuis, raposas de caudas flocadas e guarás, velozes como o vento, cruzam veredas, feito fossem vultos, sem ser. Cascavéis, jararacas e jiboias arrastam-se pelo chão em busca de suas presas. Caatingas imensas, vastas como um Reino e bioma único dessa espécie no globo terrestre pedem proteção para sobreviver. Minha alma mora nesses desvãos imensos. E a sua?

MACAMBIRA(Rômulo Nunes)


 


Na natureza é assim
Tanto bota como tira
Para conseguir viver
Predador tem sua mira
Cada um tem sua regra
Até em cima de pedra
Prolifera a macambira.

(Serra de São Gonçalo, Livramento, PB)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

COBRA DA NATUREZA (Rômulo Nunes)


 



A natureza nos dar
De tudo e até de sobra
Nos galhos secos da mata
Deu matéria a nossa obra
Nesta árvore seca e manca
de nome catinga-branca
Fez produzir esta cobra.